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quinta-feira, agosto 31, 2006

Aprendendo sem parar...

Depois de uma semana em Faxinal do Céu no Simpósio de Matemática e dois dias em Foz no evento de Mídias Integradas, estou de volta...e agora acordada (diferente do que estava hj de madrugada (6h da matina) na postagem anterior, hehehe...)

Pelo que percebi nos estudos de hoje, a aprendizagem é o foco de todos os PROAs e já percebi em muitos blogs que PROA já assumiu o papel de verbo da primeira conjunção - proar.

Pois então, parafraseando muitos dos meus colegas hoje proei e proei como nunca!

Li todos os fóruns dos PROAs, bem como, os textos referentes aos sentidos (visão e audição) material rico e interessantíssimo, e mais uma leitura nos textos de Bea, Iris e CIA, para ver se com/por estas releituras, consigo focar mais minhas discussões nos assuntos, ponto este que tenho que melhorar conforme a avaliação mensal.

Quanto ao trabalho do grupo estive pensando em um layout mais clean e dinâmico para apresentarmos nossa pesquisa, mas vou discutindo com as meninas e arrumadin com o tempo. Estamos com um problema no grupo quanto ao acesso ao software C-Map, as meninas não estão conseguindo instalar, o que fazer? Andei procurando "os passo-a-passo" e tem dois que creio que poderão ajudar, um tutorial geral e o de instalação do servidor.

E agora depois de proar vou tentar nanar...boa noite!

Vermelho=Medo

A questão dos itens vermelhos na avaliação realmente me assustou pela cor e pelos comentários
que tenho ouvido quanto até um certo desânimo provocado pelos resultados.

Copio aqui a resposta que a Prof. Luciane Sato deu no post anterior:

"...PA não significa não avaliar, mas avaliar diferente, a partir do contexto, processo do aprendiz. É nesse sentido que, neste curso, estamos tentando avaliar o processo de cada um, não para "dar nota", mas para ajudá-los nessa tomada de consciência do próprio processo de aprendizagem."

Se é para avaliar diferente, por que a ênfase no vermelho? Poderia ser por rostinhos (felizes ou tristes) quem sabe em comentários em cada blog, é acho que esta seria uma boa
saída, ao invés de estar revelando todos os resultados a todos do grupo, poderiam ser feitos comments nos blogs, ou quem sabe encaminhado as considerações dos
Profs. e tutores apenas para o e-mail do cursista, quem sabe seria menos "constrangedor" sei lá.
Sabe eu fico meio assim, quase com medo, da nota vermelha, ou do registro vermelho, pq percebia nos rostinhos dos meus alunos de 5ª série a tristeza quando não alcançavam a tal média...me cortava o coração. Sabe o que comecei a fazer? Corrigia as provas todas com caneta azul, e sempre escrevia os pontos que ele (aluno) deveria melhorar e deixando um espaço para eles também escreverem os tópicos referentes no que eu tinha que melhorar, bem como, registrar o pq de não ter feito a questão tal e tal.... Sei lá se estou conseguindo expressar o que sinto, mas tô realmente angustiada com esta questão.

Quem sabe poderíamos encontrar uma melhor estratégia de "avaliar o processo de cada um, não para "dar nota", mas para ajudá-los nessa tomada de consciência do próprio processo de aprendizagem."

Como tomar consciência do próprio processo de aprendizagem com o susto do vermelho, perante todos os colegas?

Sei lá se estou sendo radical...mas estou preocupada!Quem quiser colaborar com possíveis soluções estamos ai!

Abços macios!

domingo, agosto 27, 2006

Que tal escrevermos colaborativamente?

Hoje encaminhei um email para o a turma, no intuito de oportunizar a escrita colaborativa da tradução que temos que fazer, encaminhei o seguinte texto:

Boa tarde a todos!

Se desejarem reestruturar o texto colaborativamente, podemos utilizar um espaço Wiki que já havia criado para ir organizando minhas idéias.

http://ufpr.pbwiki.com

É bem simples de usar, basta clicar em log in do lado direito e acima, se logar com a seguinte senha: ******** depois clica em => Texto 01 => edit page altera e incluiu o que julgar necessário e clica em Save. Pronto.

A utilização desta ferramenta só não permite a escrita de forma síncrona, ok?(podem aparecer mensagens dizendo que não poderá salvar, mas isso só ocorrerá se duas pessoas tiverem logadas ao mesmo tempo).

E depois das alterações e contribuições necessárias, clica em log out do lado direito acima, para que outros também possam colaborar.blz?

Esta é minha sugestão!
Até mais!

Gílian Cris

Iria ser legal se escrevéssemos todos lá, pois ficaria até mais fácil para a sistematização.
Vamos que vamos!

Aula 02: Ludwig Wittgenstein (Atividade 02)

A verdade dos pensamentos aqui comunicados parece-me intocável e definitiva. Acredito ter encontrado, no essencial, a solução para os problemas da filosofia. Se não me engano quanto a isso, o valor deste trabalho consiste, em segundo lugar, em mostrar como importa pouco resolver esses problemas.

Wittgenstein cursou engenharia mecânica, engenharia aeronáutica e matemática, foi soldado na Primeira Guerra mundial do Exército Austríaco vindo a publicar em 1922 o Tratado Lógico-Filosófico e segunda fase desenvolve nova linguagem por meio das Investigações Filosóficas.


O período que corresponde ao Tratado Lógico-Filosófico determina a primeira fase da Filosofia de Wittgenstein que exerceu grande influência no neopositivismo e no Círculo de Viena a que nunca pertenceu. WIKIPÉDIA (2006).
Wittgenstein I afirma que: “O significado de uma palavra é dado pelo uso da linguagem.” A linguagem e os seus limites é o tema central do Tratado Lógico-Filosófico – a linguagem tem a função de descrever a realidade. LEAL (2006).
Um conjunto de proposições que descrevem ou figuram algum estado de coisas possível é determinado pela linguagem com sentido, logo, pensamento e linguagem são uma e a mesma coisa, o pensamento constituído de proposições complexas, que ligam entre si nomes, com a simples função de dizer e mostrar.
A Filosofia nesta fase é para Wittgenstein uma atividade de análise da linguagem que nada pode dizer sobre o mundo, pois não configura-se ciência nem forma de conhecimento.
Wittgenstein, em período posterior a 1930 – Investigações Filosóficas – destaca grande influência sobre a filosofia analítica em geral, e as escolas de Cambridge e Oxford em particular, tendo ainda, tal qual a primeira fase, seus trabalhos baseados nas confissões de Santo Agostinho, abandonando a idéia de que a estrutura da realidade determina a estrutura da linguagem e deixa no novo documento a afirmação de que: “A linguagem passa e ser vista como uma prática social concreta, sendo o significado de termos e expressões lingüísticas o resultado dessa prática”. LEAL (2006).
No trato com os Jogos de Linguagem ele afirma que o significado de uma palavra é dado pelo seu uso na linguagem, exemplo, uma mesma palavra apresenta vários sentidos conforme o contexto, transformando a linguagem como parte da vida humana, definida pelo contexto de vida do indivíduo, fazendo uma reflexão analítica a fim de elucidar problemas gramaticais.
A ambição de Kant e Hegel de obter uma filosofia que remova o "eu" do limiar do conhecimento, de modo a finalmente transformá-la numa forma enriquecida acabada, talvez tenha sido agora realizada pelo “filósofo de Linguagem”. LEAL (2006).
Pelas características da análise e estudo de palavras e linguagens é que Wittgenstein, é considerado por BORGES (2002), colunista do Digestivo Cultural, como O fazedor de símiles, no sentido do trato com as comparações assimilativas comparando coisas (palavras, termos) que tenham semelhanças entre si, afirmando que: “Wittgenstein fez símiles até dois dias antes de morrer – e, com eles, alcançou a eternidade.”

Referências

BORGES, Julio Daio.(2002). Wittgenstein, o fazedor de símiles. Disponível em: < http://www.digestivocultural.com/colunistas/coluna.asp?codigo=711>. Acesso em 27 de Ago. 2006.

LEAL, Lena. (2006). Recanto das Letras. Biografias. Ludwig Wittgenstein. Disponível em: <http://www.recantodasletras.com.br/biografias/212764>.Acesso em: 23 de Ago.2006.

WIKIPEDIA.(2006) Ludwig Wittgenstein. A enciclopédia livre. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Ludwig_Wittgenstein >. Acesso em: 26 de Ago. 2006.

WITTGENSTEIN, Ludwig. (2002). Wittgenstein no Front. Disponível em: <http://www.digestivocultural.com/blog/default.asp?codigo=57 >.Acesso: 25 de Ago.2006.

Aula 02: Inspirados pela epígrafe?(Atividade 01)

Inspirados pela epígrafe?
Gilian Cristina Barros

Os índices da impostura e a estupidez fazem-se ver, entender, tocar ao longo da vida. Alguns espaços onde a vista pode pôr-se desavergonhadamente escapam a este nada. Estes espaços de idéias se fazem com objetos e se assemelham aos quadros de René Magritte.

Um homem com asas, olhando o mundo ao seu redor tendo um calmo leão a suas costas. Este foi o primeiro texto imagético que me veio à mente, ao versar sobre a epígrafe.

A idéia de pertencer ao mundo e dele fazer parte, ora como ser humano total, completo, se isso for possível, ora como ser humano completado por: objetos, animais, natureza, pessoas, astros, árvores, montanhas, etc., influenciando e deixando se influenciar pelas características e funções de cada uma destas “coisas” é o que envolve as obras de René Magritte.

Homens que caem como chuva, mulheres que se completam ao toque do pintor, homens meio anjos, meio tontos que não percebem os leões que rondam tão perto.

Homens desconectados do real e ligados ao mundo imaginário que os cerca por meio de um muro. Por que não alçar vôo?

Por que não querer enxergar este mundo do alto utilizando suas asas, ou simplesmente se ver longe do perigo felino que o acompanha?E este felino, tem fome ou amizade por este homem anjo?Existem anjos com asas negras?

Quem sabe tolos, estúpidos, quase cegos, os dois fora de seus possíveis espaços reais de idéias e habitação, não percebem-se como são: homem quase anjo e leão quase gato.

Referências

MAGRITTE, René. Disponível em: < http://www.fotos.org/galeria/showphoto.php/photo/7408/size/big>. Acesso: 24 de Ago.2006.

sábado, agosto 26, 2006

História e Filosofia da Matemática nos Livros Didáticos

Mais relatos da semana (21 à 25/08) - II Simpósio de Matemática em Faxinal do Céu

Na oficina de Filosofia e História da/na Educação Matemática - Prof. Vicente Garnica, além dos encaminhamentos quanto a resolução de situações apoiadas na resolução de problemas que contemplavam (alguns problemas contemplavam) a construção de conceitos matemáticos, percebi pela primeira vez a possibilidade de Análise da História da Matemática, por meio, de conceitos presentes em livros didáticos.

A análise que fizemos foi referente ao conceito de ângulo apresentado em livros didáticos de períodos distintos, além de percebermos pela forma de conceituação a que períodos cada conceito apresentado se referia, tornou-se claro, pelo menos pra mim (fato que não ocorreu com muitos professores presentes na turma), que dependendo do enfoque, necessidade e de acordos que se estabeleçam com os alunos os conceitos podem variar e tender ao que for definido pelo grupo.

Escolhas de conceitos matemáticos advindas das necessidades de um grupo são permitidas no ensino e na aprendizagem de Matemática, pois as escolhas feitas oportunizam o compreender da Matemática como auxiliadora no processo de leitura, interpretação e compreensão do mundo, não sendo uma ciência acima das outras, perfeita e imutável, logo a Matemática não verdadeira, nem absoluta.

A Matemática é inventada de acordo com as carências da comunidade que fará uso de recursos matemáticos para resolução de problemas de sua "realidade" e/ou de seu cotidiano.

É isso ae...vivendo e aprendendo e como tenho aprendido e desaprendido coisas, parece até com um dos meus aforismos, tudo é verdadeiro e imutável até que se prove o contrário.

p.s: sobre a realidade: não sei pq, mas cada vez que escrevo algo do tipo vindo da realidade soa estranho ...tenho que tornar mais claro o que significa esta tal realidade de que falo e cito.

Simpósio de Matemática: Monstros e anti-heróis...

Esta foi A SEMANA! Realmente aprendi muito.
Pensei em postar as questões do Simpósio no meu blog q fala de tudo um pouco, mas pensei bem e aqui é o local mais adequado, pois aprendi mais sobre Educação Matemática para aplicar enquanto pesquisadora do que enquanto educadora (embora isso ainda seja uma coisa só em mim).

Bem, vamos aos monstros e anti-heróis.
Não sei se já aconteceu com você, mas comigo esta semana foi constante, descobrir e compreender o que o autor de um determinado texto pretendia dizer realmente depois de algum tempo.

Isso aconteceu com a leitura que havia feito de Rômulo Lins, pensava ter compreendido a questão dos monstros monstruosos apresentados enquanto empecilhos, ora necessários, ora conflitantes para se chegar a Educação Matemática como barreiras criadas e destruídas a favor de nosso (enquanto professores de matemática) desejo consciente ou não. É, pensava eu ter compreendido, mas que surpresa tive, ao participar da oficina do Rômulo sobre Resolução de Problemas.

(estou linkando as idéias aqui...não posso esquecer de reestruturar)

sexta-feira, agosto 25, 2006

Aprendizagens...avaliações...resultados!

É...tenho realmente que estudar mais e mais...e mais.

Está meio complicado ir tocando (estranho ir tocando,hehehe dá impressão de estar mandando embora... quem sabe ir acompanhando...estudando analisando, tenho que encontrar termo melhor) a disciplina do Vianna, o curso do RIVED, as trocentas listas de discussão, as leituras para a seleção do mestrado e mais a especialização...complicado isso. Mas vou ter que tentar me aprofundar e focar mais meus esforços na especialização, no que se refere a produção individual e em grupo e tudo isso, nas noites e fins de semana.
Vou ter que imergir, me banhar...me aprofundar nas leituras e pesquisas da especialização.
Vamos que vamos né?

Mas que é estranho este esquema de medida é, resultados em azul, amarelo, vermelho, medo...medo...vermelho dá medo!

O vermelho assusta, quem sabe se fosse um tom de azul mais escuro, sério mesmo.

Se em PAs as análises das aprendizagens e não-aprendizagens devem ser consideradas, como posso tentar querer medir?

A gente consegue medir aprendizagem?É...mais um fato a ser desvendado nesta especialização.

domingo, agosto 20, 2006

Perguntas...Respostas...Leituras


Estou aqui, na Internet, conectada aos espaços da especialização, desde as 18h45.

Primeiro li todos os fóruns do e-ProInfo.
Depois fiz as leituras necessárias que me oportunizariam responder as inúmeras questões apresentadas em cada um deles.
A seguir, realizei a tarefa do relato quanto as interações e intervenções, sei que era para apresentar só um relato, mas fiz três pois julguei-os pertinentes, depois escolho um para aprofundar.
Logo após, voltei e postei em todos os fóruns nos quais julgo ter tido argumentos que proporcionassem a reflexão.

Das interações que fiz hoje, duas me fizeram refletir, sobre:

- O cuidado que temos que ter ao escrever, pois dependendo de como escrevemos conflitos podem vir, mas acredito que mesmo tendo este cuidado eles surgem, pois quem lê muitas vezes se foca em determinados pontos, não tão profundos quanto os que o escritor queria relatar.

- As formas de ler e interpretar. Não consigo perceber as Diretrizes Curriculares para Educação no Estado do Paraná como tolhedoras de PAs, mas este é um ponto que teremos que estudar e ler com mais detalhes.

E agora acho que vou dormir.
Até mais!

p.s: São 22h55, este esquema de 10h por semana para a especialização, nem falo nda...temos feito é umas 20h por semana e olha lá se não for mais.

sexta-feira, agosto 18, 2006

Navegar ou imergir?

Aprofundamento.

Este é o principal foco que deve nortear o trabalho com Tecnologia na Educação. Tenho lido através da Internet muitos projetos realizados com o uso de recursos tecnológicos que não tem profundidade nos momentos de pesquisa.


Será esta uma característica comum na rede?


Chego a pensar que o termo navegar é levado muito a sério e de certa forma este age como impulsionador de pesquisas e projetos que apenas navegam e nunca mergulham no conhecimento.


Imergir, mergulhar, banhar, estar encharcado de/no conhecimento, no pesquisar, creio que estas deveriam ser sim as metáforas utilizadas para muitos dos projetos que tenho lido, quem sabe assim estes saissem do simples navegar. É teremos grandes desafios com os PAs...

quarta-feira, agosto 16, 2006

Aula 01 - Criando e recriando conceitos


Cada aula será iniciada por uma epígrafe, a da aula de hoje foi:

"...as coisas novas são sempre compreendidas por analogia com as
antigas." Francis Bacon

A análise do aforismo XXXIV de Bacon deu início as atividades da aula, filtradas por uma espécie de máscara - tira de papel celofone vermelho.

A partir desta "nova forma" de ver o mundo perpassamos a fala de Aluizio Reis de Andrade in Bacon, ressalta o fato de que os anteriores não tratam de uma ciência opertativa.

Para se conhecer o passado oo investigador deve libertar-se de ídolos e emoções falsas, pois estas podem obstruir o acesso a verdade, onde os ídolos(1) ressurgem como obstáculos mesmo quando os conhecemos.

Tipos de ídolos: Tribo - Caverna - Foro - Teatro

Relações foram estabelecidas entre os tipos de ídolos e linkadas a questão dos fetiches, enquanto feitiço advindo de cultos aos deuses.

O currículo como fetiche:

- Estabelecer elo entre conhecimento e desejo
- Vontade de saber -> necessidade de poder
- Conhecimento pelas delícias da curiosidade causa prazer e gozo
- Freud e Tomas Tadeu

Aulas num contexto surrealista.
Surrealismo não como uma nova escola artística, mas como meio de conhecimento a partir de coisas pouco exploradas (avesso do centro lógico).
Reconcilia: homem/mundo/arte/ciência

"O maior ato de terrorismo que podemos fazer é pegar um conceito e dissolver.Destruir o conceito que a pessoa tem do conceito" -> Destruir o que é a escola.

E então o que colocamos no lugar?

1 - ídolos => noção vulgar => imagem de um falso deus (1620) ídolo enquanto autoridade que vem não do real, mas de pessoas

Sugestão de Leitura:
Silva, Tomaz Tadeu (1999). O Currículo como Fetiche: a poética e a política do texto.Belo Horizonte: Autêntica
Paul-Laurent Assoun (1995). El fetichismo, trad. De Horacio Pons, Buenos Aires, Nueva Visión.

Referências:
Novum Organun - Francis Bacon
Ídolos em questão: Chico Toicinho, Rorty e a investigação - Filosofia Pop
Hereditariedade e a natureza da Ciência

segunda-feira, agosto 14, 2006

Aula 01: Fetichismo

Fetichismo

Gilian Cristina Barros

Magia. Essa foi a primeira conotação apresentada a palavra fetiche que tem origem no termo português "feitiço", dada “pelos comerciantes portugueses aos objetos empregados nos cultos religiosos dos negros da África ocidental. O termo tornou-se conhecido na Europa através do erudito francês Charles de Brosses em 1757.” WIKIPEDIA (2006).

Máscara, véu, acessório, algo que complementa, substitui, artifício que propicia a atração para o sexo, culto, aceitação, conformidade, dentre outras estes são alguns dos atributos implícitos ao significado da palavra fetiche.

Marx apresenta o fetiche da mercadoria como elementos indispensáveis na preservação do modo de produção capitalista, nele estão ocultas as desigualdades sociais o que torna aparentemente natural o ambiente social.

Freud apresenta o fetiche como substituição da verificação da ausência do pênis materno, por exemplo, meninos quando crianças em pequena estatura têm acesso pelo olhar aos pés, sapatos e lingeries tornam estes elementos acessórios e substitutos, vindo a anteceder posteriormente em vida adulta o prazer e desviar do interesse sexual para objetos e algumas partes do corpo.

RIVERA (1997) apresenta citando Freud, o fetichismo como “... compromisso (...) entre reconhecimento e recusa de re-conhecimento”, por isso, o afirmo como véu que possibilita o desaperceber de coisas que nossos olhos muitas vezes enxergam.

A crença e fé excessivas nos fetiches – fetichismo – tornam os objetos como humanos, conforme afirma ZUIN (2006), “... é interessante destacar o processo de "humanização" dos fetiches, cujas marcas que os simbolizam passam a ser comercializadas como se fossem portadoras de personalidade própria.”.

Em Educação a humanização de objetos como livros podem reduzi-los a símbolos de status, como um fetiche arraigado culturalmente. Essa magia dos que levam o livro sob o braço e dos que apenas observam, muitas vezes dando importância e respeito aos que assim agem, “por não pertencerem ao conjunto dos que retroalimentam o elitismo semicultural, dos que fazem que lêem – ou se contentam com a leitura de orelha – para se fecharem nesse grupo.” CLARO! (2005).

O crer que quanto mais recursos, imagens e incentivos uma aula apresentar, mais a aprendizagem ocorrerá, gera uma forma de fetiche em educação, assim como, onde o professor que utiliza recursos tecnológicos, como por exemplo, o laboratório de informática, pode ser visto como além de seu tempo, mesmo que esteja utilizando uma simples pesquisa no “Google”. Simples, se não considerar o processo, a forma como as pesquisas são realizadas e posteriormente referenciadas sem a análise do funcionamento dos meios que podem levar ou não a aprendizagem, não percebendo que “a máquina é um instrumento que perpetua um mundo em que os donos dos meios de produção exploram os deserdados.” ALVES apud DAGNINO e NOVAES (2004).

Autores, pensadores, palestrantes de plantão, ditos educadores e até mesmo pesquisadores, são muitas vezes cultuados como entidades – fetichismo – que possuem certo poder ou magia sobre os processos de ensinar e aprender na escola, não sendo se quer questionados em suas teorias e se estas vão de encontro às “reais necessidades” do aluno, professor e da escola.

A disciplina de Matemática ao ser considerada como uma das mais importantes, difíceis e possibilitadora de reprovação é um fetiche arraigado nas ações escolares – conselho de classe. Além disso, também é envolvida por fetiches trazidos desde a formação dos professores de matemática até a sua atuação em sala de aula, como no que se refere à necessidade de tornar concreto e real, a todo custo, por meio de inúmeros recursos a compreensão de conteúdos matemáticos, e a que envolve o ser “professor de matemática”, ser absoluto, iluminado parente dos deuses e muitas vezes o próprio deus.

O fetiche que ronda não apenas os espaços escolares, mas o da sociedade em que a escola esta implícita é o de que a educação leva ao desenvolvimento da nação, advindo do fetichismo da mercadoria onde ao rasgar-se este véu ter-se-ia claro que, “não é a educação que gera emprego, mas emprego que gera educação.” ASSIS, (2006).

Máscara? Véu? Acessório? Quais os artifícios que uso/faço para alcançar muitas vezes o que desejo? Seriam isso fetiches?

Referências

ASSIS. J. Carlos. (2006). O fetiche da educação como causa do desenvolvimento. Disponível em: < http://www.desempregozero.org.br/editoriais/o_fetiche.php>. Acesso em: 13 de Ago. 2006.

CLARO!.(2005). Críticos e borboletas: o fetiche pelo livro. Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Disponível em: < http://www.eca.usp.br/claro/2005/06a/>. Acesso em: 10 de Ago. 2006.

DAGNINO, Renato & Novaes, H. Tahan.(2004). O fetiche da tecnologia e a visão crítica da ciência e tecnologia: lições preliminares. Disponível em: < http://www.itcp.unicamp.br/site/itcp/arq156.pdf>. Acesso em: 09 de Ago.2006.

RIVERA, Tânia. (1997) O Fetiche, subversão do símbolo. Revista Percurso. São Paulo. Disponível em: <http://www2.uol.com.br/percurso/main/pcs19/artigo1913.htm>. Acesso em: 10 de Ago. 2006.

WIKIPEDIA. Fetiche. A enciclopédia livre. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Fetiche>. Acesso em: 13 de Ago. 2006.

ZUIN, Antonio Álvaro Soares. (2006). A vingança do fetiche: reflexões sobre indústria cultural, educação pela dureza e vício. Educ. Soc., Campinas, v. 27, n. 94, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73302006000100004&lng

=pt&nrm=iso>. Acesso em: 12 Ago. 2006.

sexta-feira, agosto 11, 2006

Wikis...Wikis

Dale Wiki na galera!

Quando que iria imaginar que a oficina de Wiki que realizamos em março deste ano daria suporte para atividades posteriores, como as que estamos fazendo agora na especialização?

Legal!

O que me deixa mais feliz é que a oficina de aplicativos básicos além de subsidiar o uso técnico da ferramenta possibilita a aprendizagem de forma colaborativa, que torna-se mais efetiva por vivências anteriores que boa parte do grupo do PR já teve com a utilização do WIKI, enquanto ferramenta de escrita colaborativa.

Vamos lá, colaborando, aprendendo e espero que compreendendo que a tecnologia não é simples meio, nem fim, nem neutra, nem simples ferramenta e recurso... e que da mesma forma que traz o bem traz e pode fazer muito mal.É... isto é história para outros espaços e momentos.

Ou não!?!
Fui.

quinta-feira, agosto 10, 2006

e-ProInfo fora do ar...formiguinhas em ação...

Bem, acabei de interagir no PA do grupo, no espaço wiki.

E vim de lá pensando:
Como é difícil conseguir organizar e interagir em vários espaços, por mais que você tente se organizar é complicadíssimo, não sei se é porque eu tô sobrecarregada com 03 cursos no e-ProInfo fora as diretrizes, o EscolaBr e os infinitos ajustes que temos que fazer lá, com as mais ou menos 12 listas de discussão que tenho pelo menos que ler para perceber o que se passa, forumcte, mas tá complicado...

No projeto do grupo conseguimos responder, acredito eu, ou melhor até virem novos questionamentos, quase todas as questões que a Prof. Suely sugeriu ao grupo, mas temos ainda que verificar um novo layout ou forma de organização para que os usuários/visitantes possam compreender melhor nossa pesquisa, estratégias, layouts, webfólio, quem sabe uma página para o grupo...ai..ai..ai, mais um espaço...bem temos que discutir isso.

É por hoje é só pessoal! (Q saudade do Pernalonga, tenho que dar jeito de assistir mais desenhos).

Fui!

terça-feira, agosto 08, 2006

Educação Matemática e Escola

Tô faceira!

Após o primeiro encontro que tivemos com o Prof. Vianna, acordamos as formas de participação nas aulas, estou ansiosa...e espero aprender muito.

Bem, as aulas transcorrerão da seguinte forma:
- Os temas serão pesquisados e apresentados em forma de artigo (no máx. 3 páginas) antes da apresentação do conteúdo pelo professor.
- A sistematização de cada aula será realizada em grupos (critérios de organização a escolha do grupo)
- Anotações, gravações deverão ser realizados nas aulas como forma de registros que irão colaborar com a sistematização dos grupos.

Nossa primeira aula será dia 16/08 sobre Fetiche.
Agora é só estudar.

segunda-feira, agosto 07, 2006

Mestrado pra quê?!?

Bem, estou criando este blog para registrar percepções e aprendizagens que me conduzem ao mestrado.

E dai vem a pergunta que não quer calar, pelo menos minha mãe, mestrado pra quê?!?

Tenho muitos argumentos que não sei se satisfazem aos que me cercam mas me bastam:
- amo as palavras todas elas - vindas de livros, músicas, internet...sou apaixonada pela leitura e escrita (isso é culpa da minha mãe que ao invés de panelinhas me dava livros, não sei pq ainda pergunta...rsss...)
- sou curiosa e observadora por natureza, prova disso as inúmeras perguntas que tinha no momento presencial da especialização da UFRGS, onde o povo ficou meio que travado e eu querendo saber mil coisas, como de onde vem a cor da asa das borboletas e luz do vagalume, pq as formigas andam em fila (projeto do meu grupo), e ainda tenho uma que vou ter que pesquisar sozinha, pq a maioria dos negros tem cabelo meio assim como o meu bombril?
- por não ser lá muito falante, não tanto quanto escrevente, penso que o mestrado é o caminho mesmo pra mim que vivo criando coisas loucas (projetos e mais projetos) na net com o Eziquiel lá no nossa comunidade EscolaBr... é esse é o caminho, pesquisar, construir...

Tenho mais motivos, mas agora tô com preguicinha de escrever...Acho que se fizesse um PodCast seria melhor, era só falar e pronto!hehehe

O que não posso esquecer:
- incluir neste blog os registros do ano passado das aulas do Trovon.
- escrever sobre minhas experiências desde o ano passado, bem como, incluir links das produções...

É isso ai!

domingo, agosto 06, 2006

Social Bookmarking

TecAplica

Mais descobertas na net...

Se você quer encontrar e agregar a sua "page folk": podcasts, videocasts, e também descobrir, dividir e controlar informações de eu interesse, utilizando o
Loomialive, disponível em: http://www.loomialive.com você terá acesso a isso e muito mais.


O Blinklist também é uma boa pedida, eu o definiria como um digg+del.icio.us, possiblitando nesta folk cultura virtual a personalização de sua página inicial, a adição de suas urls favoritas, bem como relacionar os espaços mais indicados pelos usuários.

O Wink, é um super buscador que varre todas as citações possíveis de uma palavra e q pode ser adicionado ao seu navegador Firefox,
possibilita a contribuição e escrita às coleções em todo de outros usuários além de organizar endereços tal qual o del.icio.us.

PAs em Ação

As discussões no fórum do e-ProInfo sobre os Projetos de Aprendizagem estão animadas.

Hoje e interagi no fórum e terminei de ler os textos todos. Af..., dei uma navegada pelas Wikis de meus colegas, bem como, comentei nos blogs de muitos deles, que ainda estão meio que perdidos, ajudei no que foi possível, vamos nos achando e ajudando uns aos outros, afinal este é um dos principais focos dos PAs a colaboração.

Hoje, vou escrever pouco porque estou cansada e também pq meu amigo cientista tecnológico disse que eu escrevo muito, hehe...será? Eu acho que não!

Por hoje é só pessoal!

quarta-feira, agosto 02, 2006

Compartilhamento de aprendizagens e experiências...

Hoje o Prof.Vianna (docente do mestrado da UFPR) retomou uma questão que já havíamos discutido no encontro presencial da especialização da UFRGS, com a Prof. Suely, sobre o compartilhar experiências.

Como pouco falo nas aulas, (deve ser pelo fato de muito escrever) penso ser interessante estar abordando esta questão no desenrolar da elaboração das atividades da especialização.

O fato levantado hoje pela manhã pelo Prof. Vianna, refere-se a questão de que por mais que eu compartilhe algo com alguém nunca estarei sentindo o que o outro sente e/ou pensa em sua plenitude.

Tudo isso é complicado e muito simples.

Complicado quando tenho que aprender e experienciar com o outro sem nunca saber ao certo se correspondo ou não as expectativas reais do outro...complicado, se minhas ações são necessárias ou não para a aprendizagem e construção do outro...isso é muitíssimo complicado... ainda mais em nossas relações enquanto educadores perante nossos educandos.

É... já havia pensado e analisado esta questão quando estudamos (conversas com a Prof. Dirce Encarnácion Tavares) sobre a alteralidade necessária para que ocorra o trabalho interdisciplinar...complicado, mas não impossível, desde que se busque desenvolver esta postura.

Simples. Simples quando consigo desenvolver em mim e perceber no outro a disposição para dividir sem perder - compartilhar - usar junto sem se descaracterizar enquanto ser, se tornando mais do que simples, tornando-se mágico, divino inteiramente humano, pelo saber e querer compartilhar.

É...e entre coisas simples e complicadas estamos nós imersos em Projetos de Aprendizagem, Ensino e Pesquisa que norteiam e rondam nossas vidas.
Sempre.Sempre.

Abraços mais que macios!Fui!