Gilian Cristina Barros
Os índices da impostura e a estupidez fazem-se ver, entender, tocar ao longo da vida. Alguns espaços onde a vista pode pôr-se desavergonhadamente escapam a este nada. Estes espaços de idéias se fazem com objetos e se assemelham aos quadros de René Magritte.
Um homem com asas, olhando o mundo ao seu redor tendo um calmo leão a suas costas. Este foi o primeiro texto imagético que me veio à mente, ao versar sobre a epígrafe.
A idéia de pertencer ao mundo e dele fazer parte, ora como ser humano total, completo, se isso for possível, ora como ser humano completado por: objetos, animais, natureza, pessoas, astros, árvores, montanhas, etc., influenciando e deixando se influenciar pelas características e funções de cada uma destas “coisas” é o que envolve as obras de René Magritte.
Homens que caem como chuva, mulheres que se completam ao toque do pintor, homens meio anjos, meio tontos que não percebem os leões que rondam tão perto.
Por que não querer enxergar este mundo do alto utilizando suas asas, ou simplesmente se ver longe do perigo felino que o acompanha?E este felino, tem fome ou amizade por este homem anjo?Existem anjos com asas negras?
Quem sabe tolos, estúpidos, quase cegos, os dois fora de seus possíveis espaços reais de idéias e habitação, não percebem-se como são: homem quase anjo e leão quase gato.
Referências
MAGRITTE, René. Disponível em: < http://www.fotos.org/galeria/showphoto.php/photo/7408/size/big>. Acesso: 24 de Ago.2006.
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