De aorcdo com uma pqsieusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul odrem as lrteas de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia lrteas etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma ttaol bçguana que vcoê cnocseguee anida ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa ltrea szoinha, mas a plravaa cmoo um tdoo. Lgeal, não é msemo? E as regras para a formação das palavras não valem?
Num mundo de múltiplas possibilidades hipertextuais, onde a imagem pode ser sonora, o texto imagético, a palavra numerada e o silêncio musicado e expresso gestualmente novas regras são criadas a cada nova necessidade.
Wittgenstein, em Investigações Filosóficas apresenta a noção de jogos de linguagem, estes jogos de linguagem são baseados em situações lingüísticas simples cujo intuito é ilustrar um argumento, Miranda (2006), apresenta um exemplo claro das aplicaçoes destes jogos propostos:
Imagine-se, o filósofo propõe, uma linguagem cujo objetivo puro e simples é o de estabelecer um elo de comunicação entre um pedreiro e um servente. O pedreiro constrói um castelo de pedras. Existem quatro tipos de pedras: blocos comuns, lajes, pilares grandes e vigas pequenas. A tarefa do servente é passar as pedras para o pedreiro, segundo as ordens recebidas. O vocabulário consiste de quatro palavras: "bloco", "laje", "pilar" e "viga". Quando o pedreiro diz uma palavra, o servente passa-lhe a pedra, que ele aprende a associar com a palavra ouvida. Se o pedreiro diz "bloco", isto causa uma ação do ajudante. O sucesso desta ação está condicionado ao fato de que o ajudante passe o bloco para o pedreiro.
Desta simples ilustração pode-se concluir que as palavras terão significado, neste caso, quando apresentarem uma função de acordo com o contexto e as necessidades apresentadas em determinadas situações, não importando, no caso do exemplo apresentado, nem mesmo se o servente sabe falar a mesma língua do pedreiro, sendo que o significado de uma palavra é dado pelo seu uso na linguagem, de acordo com Wittgenstein.
Uma reflexão analítica era feita por Wittgenstein no intuito de esclarecer problemas gramaticais – linguagem parte da vida humana, definida
pelo contexto em que o indivíduo vive, Lima (2006) apresenta mais um exemplo desta característica dos jogos de linguagem:
Lula sobressai no discurso ao dizer: “Estou convencido de que no final de meu governo todos os brasileiros estarão fazendo três refeições por dia.”
Segundo Wittgenstein, esse tipo de frase tenta passar uma verdade predestinada; no fundo, trata-se de uma verdade apenas sustentada na subjetividade do sujeito que a produz. Ou seja, ‘os limites da minha linguagem significam os limites do meu mundo.
Araújo (2006), afirma que:
Wittgenstein, que “destranscendentaliza” a linguagem ao ressaltar o papel do uso lingüístico.Mas critica Wittgenstein por ter neutralizado a função cognitiva da linguagem, uma vez que para Wittgenstein, as condições de uso de sentenças assertóricas decorrem exclusivamente da práxis.
Wittgenstein não leva em conta a necessária distinção entre validez e vigência social, entre justificação e hábito social. Mas concorda com a proposta de Investigações Filosóficas de que há uma diversidade das lógicas, uma diversidade de jogos de linguagem, sem fulcro, sem um núcleo. A proposição bipolar, que figura estados de coisa no mundo, cede lugar à multiplicidade dos usos lingüísticos, com suas múltiplas gramáticas.
No trabalho em sala de aula a característica prática do uso da linguagem proposto por Wittgenstein, poderá ser um caminho que leve a melhor compreensão e elaboração de conceitos matemáticos, desde que estes partam das regras e necessidades estabelecidas pelo/no grupo formado por professor e alunos, pois todos tornam-se hábeis no uso e produção da linguagem.
Referências
Araújo, Inez L. A natureza do conhecimento após a virada lingüístico-pragmática. Revista de Filosofia, Curitiba, v. 16 n.18, p. 103-137, jan./jun. 2004. Disponível em: <>. Acesso em: 12 de set. de 2006.
Letras Trocadas. Site Divertudo. Disponível em: .Acesso em 04 de set. de 2006.
Miranda, Eduardo Reck. Sobre as origens e evolução da música. Departamento de Artes da UFPR. Revista Eletrônica de Musicologia. Disponível em:
Lima, Rymundo de. Biografia Ludwig Wittgenstein. Disponível em .Acesso em 04 set. de 2006.